top of page
Bridiana_edited.jpg

Bridianos

Senhores do ar

Do muito que se falava e do pouco que se sabia sobre a cidade no alto das montanhas geladas, o seu povo era o seu maior mistério. Não porque houvesse pouca informação, mas sim pelo excesso de especulações. 
Ninguém sabia mais o que era verdade ou simplesmente invenção da cabeça de algum ancião ou de algum aventureiro mentiroso. Aqueles que tiveram contato com o povo da Serra de Brid se diziam mais incertos do que os que nunca viram os seres das montanhas. 
Era comum, em qualquer região, ouvir-se lendas sobre um povo feito de neve ou gelo. Uns contavam que tal povo era feito do mais puro quartzo. Alguns juravam que já os viram e eram fantasmas assustadores, enquanto outros afirmavam que eram anjos vindos do céu. Acredita-se que haja algo muito especial ou valioso, no pico de cada montanha, que justifique a vida naquela altitude. Mas jamais alguém chegou até lá para confirmar. 

Há vinte anos, durante a Grande Avalanche, os povos de Alba Etérea puderam finalmente ter contato com os bridianos pela primeira vez. Foi uma manhã aterrorizante. 
O chão tremia, enquanto o ar era preenchido por um estrondo ensurdecedor, que parecia um desmoronamento de proporções nunca antes observadas. Todos os cidadãos de Brid desceram as montanhas ao mesmo tempo e cercaram todo o continente. 
A população bridiana era quase tão numerosa quanto a soma de todos os outros povos do continente. Depois que o povo das montanhas voltou para suas casas nos picos, alguns permaneceram nas cidades baixas e fizeram a vida em variados locais. Hoje, sabe-se que os bridianos são um povo pacífico e numeroso, que prefere resolver seus problemas através da diplomacia. Mas que este mesmo povo é capaz de se unir, como nenhum outro, para alcançar um objetivo. 
Dizem que os bridianos se comunicam, entre si, através dos ventos e que seus sacerdotes podem manipular o elemento ar. Inclusive sufocando seus inimigos. Seus corpos são leves e parecem flutuar, ao andarem com tanta elegância. 
Porém, o povo de Brid nunca se envolveu em guerras e, por isso, não se tem muita informação sobre suas habilidades de combate. 
Como sempre viveram isoladamente, os bridianos nunca perderam um ente querido para a violência. Até a data da Grande Avalanche, nenhum bridiano havia morrido por razões não naturais. Morrer por combate era impensável. 

No geral, o povo bridiano é muito ligado às artes e à cultura. Não parece haver uma hierarquia social, a não ser pela experiência adquirida nos muitos anos de vida. As decisões são sempre coletivas. Apenas quando o assunto é de grave urgência, o Conselho dos Nove Ares intervém para uma decisão menos democrática.

Bridiano.jpg
Bridianos

Bridianos: Os Elfos do Ar

Nos dias em que Alba Etérea ainda tecia sua tapeçaria de luz e sombra, quando o mundo jovem tremia sob os primeiros sussurros da criação, a última flor de Nadur desabrochou em pleno inverno, pétalas brancas como a neve caindo sob um céu gelado. Dela emergiu Brid, a deusa do ar, uma figura de graça etérea e força silenciosa, cujo sopro moldou os ventos e trouxe frescor às alturas. Com um gesto suave, ela elevou os picos da Serra de Brid ao firmamento, e com um canto sutil, deu vida aos Bridianos, elfos do vento, nascidos para dançar entre as nuvens e tecer os fios invisíveis do céu. Altos e esguios, com peles pálidas como a luz da lua e cabelos que flutuavam como brisas, eles ergueram-se como senhores das alturas, guardiões de um domínio onde o ar era tanto lar quanto hino, um canto eterno que ecoava pela vastidão de Alba Etérea.

Bridianos

A Essência dos Bridianos 
Os Bridianos são a melodia viva do céu, um povo cuja alma ressoa com a leveza e a liberdade do vento. Nascidos do sopro de Brid, carregam em si a essência da transitoriedade – não se apegam à terra firme ou às chamas ardentes, mas dançam acima delas, guiados por uma filosofia de serenidade e contemplação. São pacificadores por natureza, tecendo harmonia com sua música e suas artes, mas essa suavidade esconde uma determinação firme: proteger o equilíbrio dos ventos que sustentam a vida em Alba Etérea. 
 
Essa neutralidade, porém, nem sempre é compreendida. Vivem isolados nas alturas da Serra de Brid, em cidades de pedra branca e nuvens, um refúgio que os distancia dos conflitos terrenos dos Teinianos e Aislinianos. São observadores atentos, mas não indiferentes; sua arte e magia servem como pontes entre os povos, embora sua relutância em tomar partido os torne alvos de desconfiança. Os Bridianos acreditam que o ar é o fio que une todos os elementos, e sua missão é mantê-lo puro e livre, um dever que executam com graça e um toque de melancolia por um mundo que raramente os alcança.

Bridianos

Características Físicas:  
Os Bridianos são altos e esbeltos, com estaturas entre 1,80 e 2,30 metros, seus corpos leves e fluidos como o próprio vento. Suas peles, de um branco fantasmagórico que reflete a luz da lua ou da neve, brilham com um lustre perolado, enquanto seus cabelos, longos e brancos como nuvens, flutuam ao redor deles mesmo em calmarias, movidos por uma brisa invisível. Seus olhos, profundos, capturam o brilho das estrelas, conferindo-lhes uma expressão de calma insondável. 
Vestem-se com túnicas leves de linho encantado, em tons de branco, cinza ou azul-pálido, adornadas com plumas e fios prateados que cantam ao vento. Suas mãos, delicadas mas firmes, são hábeis em tocar instrumentos e tecer encantamentos, enquanto suas vozes, suaves como brisas ou poderosas como tempestades, carregam uma melodia que encanta ou compele. Movem-se com uma graça que desafia a gravidade, como se o ar os sustentasse a cada passo. 

Bridianos

Cultura e Sociedade: A Harmonia dos Ventos 

A sociedade dos Bridianos é um reflexo de sua ligação com o céu, estruturada em comunidades que habitam a Cidade de Brid, um santuário de pedra branca esculpido nos picos da Serra de Brid. Aqui, torres pontiagudas erguem-se entre as nuvens, conectadas por pontes de cordas e passagens aéreas que dançam ao vento, acessíveis apenas àqueles com a leveza dos Bridianos. A arquitetura absorve o calor do sol durante o dia e brilha sob as estrelas, um espetáculo de luz e sombra que ecoa a beleza efêmera do ar. 
 

O Conselho dos Nove Ares, formado pelos anciãos mais sábios, guia os Bridianos com uma estrutura horizontal, onde decisões são tomadas em assembleias abertas a toda a comunidade. A vida comunitária é marcada pelo Canto dos Ventos, uma festividade invernal em que harpas e flautas ecoam pelos picos, e o vento carrega cânticos que alcançam até as terras baixas, renovando o pacto com Brid. A música é o coração da cultura bridiana, com instrumentos de ossos leves e cordas finas que imitam o sussurro e o rugido do ar, tocados em celebrações ou em momentos de meditação. 


Os Bridianos são guiados por uma filosofia de liberdade e transitoriedade, refletida em sua arte e cultura. Celebram a beleza efêmera da vida, conscientes de que cada brisa e cada som do vento carregam histórias e sentimentos que não podem ser capturados, apenas vividos. A deusa Brid, nascida da última flor de Nadur durante o inverno, é a figura central de sua espiritualidade. Ela é a guardiã dos ventos, o sopro vital que lhes confere equilíbrio e paz. 

Esses templos, conhecidos como Santuários do Céu, são locais sagrados onde os Bridianos meditam, buscando comunhão com Brid e com as forças do ar. São ambientes abertos, com arcos e colunas que permitem que o vento os percorra livremente, sussurrando segredos e bênçãos. 

A sociedade bridiana é única em sua estrutura horizontal. Não há uma hierarquia rígida, e as decisões são tomadas de forma colaborativa, através de assembleias que envolvem toda a comunidade. Apenas em tempos de urgência, o Conselho dos Nove Ares, composto pelos mais antigos e sábios líderes, intervém para guiar a sociedade com sua vasta experiência.

Bridianos

Magia e Habilidades: Domínio e Dança do Ar 

A magia dos Bridianos é centrada na manipulação do ar. Desde a juventude, eles aprendem a canalizar as correntes de vento para tecer suas magias. Seus poderes incluem:  

  • Levitação: Planam ou suavizam quedas, movendo-se com a graça do vento por curtas distâncias.  

  • Manipulação de Ventos: Convocam brisas para carregar mensagens, rajadas para afastar inimigos ou escudos de ar para se proteger.  

  • Sussurros do Vento: Enviam palavras ou melodias a grandes distâncias, usando o ar como mensageiro.  

  • Cântico da Tempestade: Entoam músicas que evocam ventos fortes ou acalmam tempestades, uma magia sutil mas poderosa.  

  • Visão Aérea: Percebem movimentos no ar, detectando presenças ou mudanças climáticas com precisão sobrenatural.  

  • Toque de Frescor: Refrescam ou purificam o ambiente, dissipando fumaça ou calor com um sopro gentil. 

 

São artesãos da música e da luz, criando instrumentos encantados que tocam sozinhos ao vento e vitrais que capturam o brilho do céu. Os Tecelões do Céu, uma ordem de místicos e guardiões, protegem as alturas e mediam disputas com sua magia serena. 

Bridianos

Interações com Outras Raças: Cooperação e Observação 

Os Bridianos têm uma relação harmoniosa com os Aislinianos, compartilhando o respeito pela natureza e unindo ar e terra em rituais como o Canto dos Ventos. Com os Innisianos, formam uma aliança espiritual, combinando ventos e águas em celebrações que purificam os ciclos de Alba Etérea.

Os Nadurianos são vistos como aliados sutis, suas luzes dançando com os ventos bridianos em raros encontros nas alturas. Os Elfos das Sombras são reverenciados como guardiões das profundezas, mas a distância entre céu e terra cria um afastamento natural.

A relação com os Teinianos é complexa; o fogo e o ar se complementam, mas os Bridianos temem a destruição que as chamas podem trazer, mantendo uma cautela respeitosa. Humanos e gnomos são bem-vindos como visitantes, trocando arte e conhecimentos, mas os Bridianos os observam de longe, relutantes em descer ao caos das terras baixas.

Bridianos

Criaturas Regionais:  

Nas serras de Brid, os Bridianos convivem com:  

  • Grifos de Névoa: Criaturas aladas com penas brancas, patrulhando os céus e servindo como montarias ou sentinelas.  

  • Espíritos do Vento: Entidades incorpóreas que sussurram profecias ou guiam os Bridianos em tempestades.  

  • Corvos de Cristal: Pássaros com penas translúcidas, mensageiros que brilham ao voar contra o sol.

Bridianos

Sociedades Secretas: Os Vigias do Horizonte 

Os Vigias do Horizonte são uma sociedade secreta entre os Bridianos, dedicada a observar os ventos por sinais de mudanças ou ameaças. Usam sua magia para prever conflitos ou desastres, agindo sutilmente para manter o equilíbrio sem romper sua neutralidade. Sua existência é um segredo guardado nos picos mais altos, mas dizem que foram eles que alertaram os Emissários na Terceira Era.

Bridianos

Lendas e Personalidades Históricas 

  • Aeloria, a Primeira Cantora: Uma bridiana da Primeira Era que teceu o primeiro Canto dos Ventos, unindo os ventos de Alba Etérea em harmonia. Sua harpa, a Voz do Céu, repousa em Brid.  

  • Veylan, o Embaixador da Paz: Um líder da Terceira Era que mediou a paz entre Teinianos e Aislinianos, sacrificando-se para selar a trégua com um cântico final. 

Bridianos

Comportamento Religioso: O Culto do Sopro 

O culto a Brid é sereno e melódico. Os Bridianos tocam flautas e queimam incensos nos Santuários do Céu, deixando o vento carregar suas preces. No Canto dos Ventos, danças aéreas e cânticos celebram a deusa, enquanto peregrinações aos picos mais altos renovam seu pacto com o ar.

Bridianos

Locais Importantes: Cidades Suspensas e Vales Sagrados 

Brid: A cidade principal dos elfos do ar é uma maravilha arquitetônica. Construída no alto da serra de Brid, após uma barreira natural de penhascos e picos, Brid é conectada a serra por pontes e passagens aéreas que só podem ser atravessadas com a graça dos habitantes ou, acompanhado destes. As estruturas são esculpidas em pedra branca, que brilha sutilmente sob a luz das estrelas. 

Olho do Falcão: Este vale fértil, situado em uma planície no alto da da serra, é a principal fonte de alimentos para os Bridianos. Nele, plantações e a criação de animais são feitas com respeito ao ciclo natural do solo. O vale é protegido por um círculo de guardiões que garantem a preservação de suas riquezas naturais. 

Templos nos Picos: São locais de meditação e celebração, onde os Bridianos se conectam espiritualmente com Brid. Durante as noites mais longas do inverno, rituais são realizados com danças e cânticos que reverberam pelo ar, alcançando até as comunidades mais distantes.

Bridianos

Filosofia de Vida: O Sopro da Existência 
Os Bridianos vivem pelo Ciclo do Vento, a crença de que a vida é uma dança transitória, onde cada sopro leva e traz. Proteger a liberdade do ar é seu dever, uma melodia que mantém Alba Etérea em equilíbrio, acima das chamas e das raízes. 

A relação com a natureza é um pacto sagrado, e os Bridianos vivem com a certeza de que, assim como o vento, a vida é transitória. Esta compreensão molda seu modo pacífico e observador de viver, mas com uma firme determinação de proteger o que é necessário para preservar sua liberdade e a continuidade do ciclo eterno. 

UKIJ Kawak 3D (11).png
bottom of page