

Innisianos
A Voz Viva das Águas de Alba Etérea
Os Innisianos, os elfos da água e filhos da deusa Innis, são a encarnação do poder e da sutileza das águas de Alba Etérea. Formados pelo primeiro sopro de primavera e pela essência da água, esses elfos vivem em um equilíbrio entre a fluidez da corrente e a estabilidade das margens. Seu povo é dividido em duas linhagens principais: os Talassianos, que dominam as profundezas abissais, e os Mareli, que habitam as superfícies dos rios e lagos. Juntas, essas linhagens representam o dualismo da vida aquática – mistério e revelação, profundidade e clareza.
Os Innisianos, em suas duas linhagens distintas, exemplificam a dualidade e a unidade da água. Eles são um povo que personifica a beleza e a força das correntes, vivendo em um equilíbrio que honra tanto o segredo das profundezas quanto a clareza das superfícies. Com sua devoção à deusa Innis e à Árvore Mãe Nadur, eles mantêm viva a essência da água e perpetuam o ciclo eterno que sustenta toda a vida em Alba Etérea.


Mareli
Os Guardiões das Superfícies
Na aurora de Alba Etérea, o Rio Innis surgia como uma veia prateada entre as terras jovens, com suas águas rasas em sua margem espelhando o brilho do sol nascente como um lago líquido de esperança eterna. Nesse momento sagrado, Innis, a deusa das águas, voltou sua atenção para as margens sussurrantes, e, com um cântico delicado como o murmúrio das ondas sob o véu da primeira luz, deu vida aos Mareli, elfos aquáticos das águas rasas. Nascidos do fluxo gentil que abraça a terra, emergiram como dançarinos das marés, seus corações pulsando com a melodia da renovação e suas vozes entoando hinos alegres que unem os povos, guardiões de um equilíbrio que flui entre a superfície e as profundezas, aliados eternos de todos que ouvem o chamado das ondas em Alba Etérea.
A Essência dos Mareli
Os Mareli são a melodia viva das margens de Alba Etérea, um povo cuja alma ressoa com a suavidade das correntezas e o pulsar da vida que floresce onde o rio encontra a terra. Filhos do cântico de Innis, carregam em si a essência da conexão – não se escondem nas profundezas abissais como os Talassianos, mas dançam entre as águas rasas e o ar, tecendo laços de diplomacia e comércio com suas vozes hipnóticas e sua graça aquática. São cantores por natureza, navegadores por vocação e pacificadores por destino, guiando canoas pelas rotas do Rio Innis em grupos alegres de 3 a 15 indivíduos, cujos cânticos ressoam como um coro de riachos cristalinos, enquanto dezenas e até centenas nadam juntos nas correntes, suas caudas brilhantes cruzando as águas em uma dança social que celebra a unidade.
Essa sociabilidade, no entanto, contrasta com a divisão pragmática em terra firme. Quando emergem nas margens de Porto Cantante, os grupos se fragmentam para tarefas específicas: os homens, com suas barbatanas cortando as redes, mergulham nas águas para pescar, trazendo peixes, ostras e conchas que sustentam o comércio. As mulheres, com uma astúcia comercial que rivaliza com o encanto de suas vozes, negociam o pescado nos mercados, retornando às águas com lucros certos, suas escamas reluzindo com pérolas e tesouros ganhos. Aos anciões, cujas caudas se movem mais lentamente, e às crianças, cujos olhos brilham com curiosidade, cabe preparar os produtos – as crianças separam peixes, ostras, conchas e itens valiosos, armazenando-os em cestas de junco, enquanto os anciões fiscalizam, garantindo que um vendedor de pérolas não misture sua mercadoria com peixes baratos, um ditado mareli que diz: “Um tesouro não se mistura com a comida comum.”
Sua organização social é moldada pela raridade e qualidade dos produtos comercializados: os mais humildes, iniciantes nas margens, lidam com peixes e alimentos do rio ou mar; os mais afortunados negociam algas ou extratos medicinais, como óleos e essências tirados das águas; e no topo da escala, os mais prestigiados vendem pérolas e tesouros resgatados de naufrágios, símbolos de status que brilham como o sol sobre o Innis. Essa hierarquia, porém, não divide, mas une os Mareli, pois todos cantam juntos nas águas, um coro que reflete a harmonia delicada que sustenta Alba Etérea.



Cultura e Sociedade
A sociedade dos Mareli é um reflexo de sua ligação com as águas rasas, estruturada em comunidades que habitam Porto Cantante, uma cidade vibrante às margens do Rio Innis, onde o fresco aroma do mar se mistura ao calor da terra, suas vidas entrelaçadas com o pulsar das ondas e o tilintar de conchas nos mercados. Inspirada pelas colinas suaves e falésias douradas que abraçam o rio, Porto Cantante ergue-se como um mosaico de casas de pedra amarela ou acinzentada, naturais das margens do rio, e madeira, com suas ruas estreitas e sinuosas descendo em direção a um porto repleto de canoas e barcos de velas coloridas, como um vilarejo litorâneo encantado sob o céu de Alba Etérea. Torres inclinadas com telhados de telhas vermelhas brilham ao sol poente, enquanto fontes mágicas jorram água cristalina em praças cercadas por parreiras e flores aquáticas, o som das ondas e o tilintar de conchas ecoando dia e noite. Passarelas de corda e madeira, adornadas com redes encantadas que brilham ao luar, balançam sobre canais que cortam a cidade como veias vivas, conectando os bairros com a dança fluida dos Mareli.
O Círculo das Marés, uma assembleia de navegadores e cantores, governa com pragmatismo e encanto, regulando as rotas comerciais do Rio Innis e apaziguando disputas com um equilíbrio entre diplomacia e astúcia aquática, refletindo a hierarquia social baseada na raridade dos produtos negociados. Os mais humildes, iniciantes nas margens, lidam com peixes e alimentos do rio ou mar, pescados pelos homens em redes brilhantes; os mais afortunados negociam algas ou extratos medicinais, como óleos e essências tirados das águas, sob a maestria das mulheres comerciantes; e no topo, os mais prestigiados vendem pérolas e tesouros de naufrágios, símbolos de status que brilham como o sol sobre o Innis. Em terra firme, os grupos se dividem para tarefas: homens mergulham nas águas com barbatanas cortantes, as mulheres negociam nos mercados com lucros certos, suas caudas retráteis balançando ao som do comércio, enquanto anciões e crianças preparam os produtos em cestas de junco, as crianças separando peixes, ostras, conchas e itens valiosos, e os anciões fiscalizando para evitar que tesouros como pérolas sejam misturados com mercadorias baratas, como ditam as leis mareli: “Um vendedor de pérolas não vende peixes.”
A vida comunitária é marcada pelo Festival das Águas Cantantes, uma celebração estival em que os Mareli, em grupos de dezenas ou centenas, nadam juntos pelo Rio Innis, entoando cânticos hipnóticos que ressoam pelas margens e atraem aliados de terras distantes, suas caudas serpenteando nas águas como guias das canções. A arte mareli é exuberante, com esculturas de coral polido e redes encantadas que capturam a luz do sol, enquanto sua música, tocada em harpas de junco e flautas de concha, ressoa como o quebrar das ondas em uma praia tranquila, um som que ecoa o coração do rio.

Magias e Habilidades
A magia dos Mareli é um canto das águas suaves, canalizada através do Santuário das Ondas, um templo de pedra branca e conchas cintilantes no coração de Porto Cantante, onde os jovens aprendem a tecer feitiços sob o murmúrio do rio. Seus poderes, um presente de Innis, incluem:
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Cânticos Hipnóticos: Entoam melodias em grupos de 3 a 15, que encantam, acalmam ou persuadem, manipulando emoções com a suavidade das ondas ou a força de uma maré crescente, suas vozes ressoando como o coro de peixes luminosos.
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Manipulação de Águas Rasas: Moldam ondas pequenas ou correntes gentis, guiando canoas com precisão ou criando barreiras líquidas que refletem a luz em prismas mágicos, suas barbatanas dançando nas correntes.
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Veneno Dermal: Exsudam toxinas sutis de suas escamas, uma defesa que paralisa ou adormece inimigos com um toque, liberada como névoa aquática sob sua aparência acolhedora.
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Visão das Margens: Percebem movimentos na água e na terra próxima com olhos aquáticos, detectando presenças ou mudanças com instinto aguçado, suas pupilas dilatando como peixes em alerta.
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Toque Refrescante: Purificam ou refrescam com um roçar de barbatanas, aliviando calor ou restaurando vigor como a brisa que sopra do rio, uma bênção de Innis que refresca até as chamas.
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Dança das Ondas: Movem-se com graça sobrenatural na água ou na terra, suas caudas e barbatanas girando em harmonia com as correntezas, um balé que evoca a fluidez das marés.
São artesãos aquáticos, tecendo redes encantadas que brilham ao luar e esculpindo joias de conchas que ecoam o som do mar, suas mãos palmadas criando obras que capturam a essência das águas rasas. Os Cantores das Marés, uma ordem de diplomatas e guardiões, dominam essas artes, protegendo Porto Cantante com vozes que unem e venenos que afastam, suas caudas balançando como estandartes de paz e poder.
Interações com Outras Raças
Os Mareli compartilham um vínculo complexo com os Talassianos, seus parentes das profundezas. Enquanto os Talassianos guardam os segredos abissais, os Mareli são a face luminosa dos Innisianos, uma divisão que gera respeito mútuo, mas também uma rivalidade sutil, como a diferença entre o mar aberto e o rio que o alimenta. Com os Aislinianos, formam uma aliança prática, unindo água e terra para nutrir os rios que cruzam as florestas, seus cânticos hipnóticos muitas vezes ecoando na Colheita da Terra Sagrada em troca de poções curativas.
Os Bridianos são parceiros harmoniosos, suas vozes do vento misturando-se aos hinos aquáticos dos Mareli no Festival das Águas Cantantes, uma dança de ar e água que encanta Porto Cantante. Os Teinianos, com seu fogo ardente, são tratados com cautela; o calor os inquieta, mas o comércio de metais e o pacto da Aliança da Chama e da Maré os uniram em tempos de necessidade, trocando conchas por ferroluz em encontros tensos. Os Elfos das Sombras intrigam os Mareli com sua sabedoria oculta, e os Nadurianos os fascinam com sua luz, resultando em trocas raras de cânticos e poções sob as copas de Nadur.
Os Humanos da Capital Alba Etérea veem os Mareli como aliados essenciais, suas canoas carregando mercadorias e histórias pelas rotas do Innis, enquanto os Gnomos de Vila Portinho trocam engenhocas por pérolas, encantados pela graça aquática dos elfos. Orcs e Goblins, however, são sombras nas margens, saqueadores ocasionais que testam a paciência mareli, mas que às vezes se curvam ao encanto de seus cânticos em tréguas frágeis. Anãos e Trolls, distantes em suas montanhas, são parceiros esporádicos, atraídos pelas joias aquáticas de Porto Cantante.



Criaturas Regionais: Companheiros das Águas Rasa
Nas águas cristalinas e margens de Porto Cantante, os Mareli convivem com criaturas que refletem sua natureza aquática:
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Sirenas Fluviais: Seres de vozes hipnóticas que nadam ao lado das canoas, guardiãs das rotas comerciais e parceiras nos cânticos do festival, suas caudas brilhando ao luar como reflexos de peixes prismáticos.
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Tartarugas de Casco Pétreo: Animais lentos com carapaças encantadas, carregando mercadorias nas costas e servindo como símbolos de resistência mareli, suas cabeças emergindo das ondas com olhos sábios.
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Peixes-Prisma: Pequenos peixes de escamas coloridas que dançam nas águas rasas, guiando os Mareli com reflexos prismáticos que iluminam os canais de Porto Cantante, suas barbatanas brilhando como joias aquáticas.
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Lontras Mágicas: Criaturas ágeis e encantadas, com pelagens da cor cinza ao marrom que brilham como gotas de luar sob as ondas, treinadas pelos Mareli para deslizar pelas correntes com a graça de um sussurro aquático. Seus olhos, brilhantes como o Rio Innis, capturam a luz com uma sabedoria antiga, enquanto suas garras delicadas, infundidas com um toque de magia fluida, recuperam objetos perdidos nas profundezas – pérolas, conchas e tesouros de naufrágios – com resultados quase proféticos. Nas pescas, mergulhando com os homens mareli, trazem redes repletas de peixes luminosos. Guiando as canoas pelo som do farfalhar de suas pelagens, que ecoa como o canto das ondas, são uma companhia leal que fortalece o laço entre os elfos aquáticos e as águas que os sustentam.
Sociedades Secretas: Os Tecelões das Margens
Os Tecelões das Margens são uma sociedade secreta entre os Mareli, navegadores e cantores que manipulam o comércio e a diplomacia com segredos sussurrados pelas ondas. Operando nas sombras do Círculo das Marés, usam redes encantadas para espionar e venenos dérmicos para silenciar ameaças, garantindo que os interesses mareli prevaleçam nas rotas do Innis. Dizem que foram eles que, na Terceira Era, teceram um pacto com os humanos da Capital, seus cânticos selando uma aliança que trouxe paz às margens.
Lendas e Personalidades Históricas
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Lirien, a Primeira Cantora: Uma mareli da Primeira Era cuja voz hipnótica encantou as margens do Rio Innis, fundando Porto Cantante com um hino que dizem ainda ecoar nas águas. Sua harpa de conchas, a Canção das Ondas, é guardada como um tesouro no Santuário.
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Marvyn, o Embaixador da Paz: Um líder da Terceira Era que cantou para mediar a paz com os Teinianos, sua cauda prateada brilhando ao negociar a Aliança da Chama e da Maré, mas que caiu envenenado por traidores dos Tecelões das Margens, seu sacrifício lembrado em cânticos tristes.
Comportamento Religioso: O Culto das Ondas
O culto a Innis entre os Mareli é uma celebração fluida e alegre, centrada no Festival das Águas Cantantes, quando canoas enfeitadas com lanternas flutuantes navegam o Rio Innis e cânticos hipnóticos sobem ao céu estival, oferecendo conchas e flores à deusa. Pequenos altares flutuantes, adornados com pérolas e algas encantadas, balançam nas águas de Porto Cantante, pontos de meditação onde os Mareli buscam a orientação de Innis. Navegações rituais ao longo do rio, guiadas por Sirenas Fluviais, renovam seu pacto com a deusa, suas caudas cortando as ondas em reverência ao fluxo eterno que os gerou.





Cidades e Locais Importantes:
Porto Cantante é o coração pulsante dos Mareli, uma cidade às margens do Rio Innis onde o fresco aroma do mar se mistura ao calor da terra, suas vidas entrelaçadas com o pulsar das ondas e o tilintar de conchas nos mercados. Inspirada pelas colinas suaves e falésias douradas que abraçam o rio, Porto Cantante ergue-se como um mosaico de casas de pedra branca e madeira pintada em tons de azul e vermelho, suas ruas estreitas e sinuosas descendo em direção a um porto repleto de canoas e barcos de velas coloridas, como um vilarejo mediterrâneo encantado sob o céu de Alba Etérea. Torres inclinadas com telhados de telhas vermelhas brilham ao sol poente, enquanto fontes mágicas jorram água cristalina em praças cercadas por parreiras e flores aquáticas, o som das ondas e o tilintar de conchas ecoando dia e noite. Passarelas de corda e madeira, adornadas com redes encantadas que brilham ao luar, balançam sobre canais que cortam a cidade como veias vivas, conectando os bairros com a dança fluida dos Mareli.
O Cais das Canções, um porto de velas coloridas onde o Círculo das Marés se reúne, é o centro da cidade, suas pedras polidas refletindo o brilho das lanternas flutuantes no festival. O Jardim das Ondas, uma enseada de águas calmas cercada por corais vivos e juncos mágicos, guarda altares e relíquias sob o brilho do luar, um santuário onde as Sirenas Fluviais entoam hinos em harmonia com os cantores mareli.
Relação com a Natureza e Filosofia de Vida
Os Mareli vivem pelo Ciclo das Ondas, uma crença que os ensina que a vida é um fluxo de conexão e renovação. Cada onda que quebra traz algo novo, e cada cântico une o que foi separado, um princípio que guia esses elfos aquáticos em sua missão de harmonizar as margens de Alba Etérea. Com suas escamas reluzentes, barbatanas dançantes e vozes que ecoam como o mar, os Mareli são a melodia que mantém o continente vivo, um sussurro de paz que flui entre terra e água.
O Festival da Primavera – A Celebração da União e da Devoção
O Festival da Primavera é um dos momentos mais importantes para os Innisianos, onde Talassianos e Mareli se unem para celebrar o ciclo de renovação e a devoção à deusa Innis. A busca pela Flor de Innis, que floresce apenas nas profundezas mais escuras, é um símbolo de liderança e prosperidade. Durante o festival, os clãs se reúnem em Porto Cantante e seguem em procissão até Nadur, em uma jornada marcada por danças aquáticas, cânticos e tambores d’água que ecoam a melodia da Alma do Oceano.
Essa celebração fortalece a coesão entre as linhagens e reafirma o papel dos Innisianos como guardiões e mediadores das águas de Alba Etérea. Ao final do festival, sob a luz dourada da lua cheia, a Flor de Innis é depositada aos pés de Nadur, e a união entre os Innisianos e sua deusa é renovada, garantindo a harmonia e a continuidade de seu legado sagrado.



