


No limiar entre a chama e o vento, existem os Ashenais, seres efêmeros feitos de cinza e bruma, cujas formas dançam como um eco do fogo extinto. Eles não pertencem inteiramente ao mundo físico, nem ao etéreo, movendo-se entre os dois com a leveza de um sussurro na neblina. Mestres na arte da dispersão e reconstrução, podem se desfazer em fumaça e viajar com a brisa, tornando-se invisíveis aos olhos mortais.
Embora geralmente pacíficos, sua natureza volátil os torna imprevisíveis. São guardiões dos segredos do fogo e do ar, capazes de enxergar através das chamas e ouvir as histórias que o vento carrega. Habitantes das terras onde a cinza repousa e a fuligem dança, os Ashenais não constroem impérios nem cultivam raízes – em vez disso, vivem na impermanência, acreditando que tudo está em constante transformação.
Considerados tanto mensageiros quanto presságios, os Ashenais caminham entre as sombras das brasas, sempre observando, sempre ouvindo. Seu lema ecoa na névoa:
"Nada é permanente, exceto a dança da fumaça".



Nos tempos antigos, quando o fogo de Teine dançava pelas florestas de Alba Etérea e o rugido dos vulcões ecoava como um hino à criação, houve um momento de silêncio, um instante em que as chamas se aquietaram e a deusa dragão, em sua forma mortal, exalou seu último sopro antes de adormecer sob as encostas ardentes. Não era um sopro de fogo, mas de cinzas quentes, um véu de fumaça que se ergueu das brasas moribundas e tomou forma no crepúsculo entre chama e vento. Dessas cinzas nasceram os Ashenais, os Etéreos da Fumaça, seres de névoa e fuligem que emergiram como ecos do poder de Teine. Pequenos e evasivos, deslizam pelo ar como sussurros de um incêndio extinto, guardiões das memórias que o fogo deixou para trás, aliados silenciosos dos Teinianos no coração vulcânico de Alba Etérea.

A Essência dos Ashenais:
Os Ashenais são os filhos do resquício, a sombra que resta quando as chamas se dissipam. Nascidos do Sopro Final de Teine, carregam em si a essência da transformação – não o fogo ativo que consome, mas as cinzas que permanecem, prontas para renascer. São criaturas de mistério e desapego, cuja existência é um testemunho da beleza efêmera do fogo e da sabedoria escondida na fumaça. Para os Ashenais, a vida é um ciclo de dissipação e reforma, um fluxo que não se prende a formas fixas ou desejos terrenos, mas dança livre entre o calor e o vazio.
Essa natureza os torna enigmáticos, quase intangíveis, mesmo para seus aliados Teinianos. Vivem nas cavernas vulcânicas da Cidade de Teine, em ninhos de cinza que flutuam como névoas mágicas, processando fumaça para rituais e artesanato. São aliados sutis, mas indispensáveis, complementando o fogo bruto dos Teinianos com a delicadeza da fumaça e a memória das chamas extintas. Embora evitem conflitos diretos, sua presença é uma força de equilíbrio, um lembrete de que até o fogo mais feroz deixa um legado que persiste na quietude.


Características Físicas:
Os Ashenais são pequenos, raramente ultrapassando 80 centímetros de altura, seus corpos esguios e evanescentes envoltos em uma aura de fuligem e névoa. Parecem espectros sólidos, com silhuetas que ondulam como ar quente, suas formas mudando sutilmente ao sabor do vento ou do calor. Suas peles, se assim podem ser chamadas, são cinzentas e ásperas como cinzas endurecidas, mas podem se dissipar em fumaça à vontade. Seus olhos, brasas quase apagadas, brilham em tons de vermelho opaco ou laranja tênue, pulsando com uma luz que parece viva, enquanto seus traços faciais, quando visíveis, são nebulosos e mutáveis.
Não possuem cabelos fixos; em vez disso, véus de fumaça dançam ao redor de suas cabeças, formando halos etéreos que se dissipam e reconstituem. Suas vozes são ecos suaves, vindo de todas as direções como sussurros carregados pela brisa quente. Vestem-se, quando necessário, com mantos leves de cinza tecida, que se fundem ao seu corpo como uma extensão natural. São intangíveis por momentos, fragmentando-se ao vento para evitar golpes ou reaparecendo em um piscar de olhos.


Cultura e Sociedade:
A sociedade dos Ashenais é fluida e descentralizada, refletindo sua natureza volátil. Não constroem cidades no sentido tradicional, mas habitam os Ninhos de Cinza, refúgios escondidos nas cavernas vulcânicas da Cidade de Teine, onde a fumaça se condensa em moradas mágicas que podem se dissipar ao menor sinal de perigo. Na Cidade de Teine, vivem próximos às forjas dos Teinianos, suas cavernas esculpidas nas encostas fumegantes, onde processam cinzas para criar poções e artefatos que complementam o trabalho dos elfos do fogo.
O Círculo dos Véus, um grupo de anciãos chamados Véus Sombrios, guia os Ashenais com sabedoria etérea, transmitindo conhecimento pela fumaça e pelo vento. Não há líderes fixos; a influência é conquistada pela capacidade de recordar histórias perdidas ou moldar a fumaça em formas úteis. A vida comunitária é marcada pela Dança da Névoa, uma festividade invernal em que os Ashenais se dissolvem no ar, deixando apenas seus olhos brilhantes visíveis, um ritual que celebra o renascimento e a ascensão de novos Véus Sombrios.
Tradições e Costumes
Os Ashenais vivem em ciclos de renascimento, acreditando que cada um de seus membros passará por um momento de dispersão completa, retornando às cinzas apenas para reformar sua consciência tempos depois. Essa filosofia de renovação os torna pacientes e desapegados, mas também enigmáticos e difíceis de compreender.
Seus rituais mais importantes envolvem a Dança da Névoa, onde seus corpos se dissolvem no ar, e apenas as brasas de seus olhos são visíveis. Essa cerimônia é realizada para pedir conselhos aos Véus Sombrios ou para marcar a ascensão de um novo líder.


Magias e Habilidades:
A magia dos Ashenais é ligada à fumaça e às cinzas, canalizada em rituais sutis realizados nos Ninhos de Cinza. Seus poderes incluem:
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Corpos de Cinza: Desmaterializam-se em fumaça para evitar ataques, reformando-se em instantes onde o vento os levar.
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Visão das Chamas: Enxergam e ouvem através do fogo, espiando ou enviando mensagens por chamas distantes.
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Deslocamento pelo Vento: Viajam nas correntes de ar quente, movendo-se como névoa sem serem percebidos.
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Controle de Temperatura: Alteram o calor ao seu redor, rachando pedras ou desequilibrando inimigos com rajadas quentes ou frias.
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Fumaça Ilusória: Criam bancos densos de névoa que ocultam movimentos ou formam ilusões fugazes, confundindo os sentidos.
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Sussurro das Cinzas: Enviam mensagens pela fumaça, carregando palavras ou visões a longas distâncias.
São artesãos da fumaça, criando poções de cinza que concedem resistência ao calor ou visão na escuridão. Os Véus Sombrios, guardiões das memórias antigas, dominam essas artes, usando sua magia para proteger os segredos de Teine e os Ashenais.



Interação com Outras Raças
Os Ashenais têm uma relação simbiótica com os Teinianos, vivendo em suas cavernas e complementando suas chamas com fumaça. Os Teinianos os respeitam como irmãos do fogo, mas os veem como menos firmes, uma visão que às vezes gera tensões.
Com os Aislinianos, há desconfiança mútua; os elfos da floresta os culpam por incêndios passados, enquanto os Ashenais os consideram rígidos e presos ao solo. Os Bridianos são aliados curiosos, compartilhando o domínio do ar em raros encontros que misturam vento e fumaça em danças mágicas. Os Innisianos são opostos naturais, mas já colaboraram em crises, unindo fumaça e água para criar vapor e tempestades.
Os Elfos das Sombras e Nadurianos são distantes; os Ashenais os veem como guardiões de um equilíbrio que não compreendem plenamente. Humanos e gnomos os acham fascinantes, mas pouco confiáveis, limitando interações a trocas esporádicas.

Criaturas Regionais:
Nas cavernas de Teine, os Ashenais convivem com:
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Fumárvores: Pequenas árvores de cinza que crescem em cavernas, liberando fumaça nutritiva para os Ashenais.
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Vaporídeos: Insetos alados que vivem na fumaça, carregando mensagens ou iluminando cavernas com suas asas brilhantes.
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Serpes de Fumo: Serpentes de névoa que patrulham as encostas, dissolvendo-se para emboscar intrusos.


Sociedades Secretas: Os Guardiões do Sopro
Os Guardiões do Sopro são uma sociedade secreta entre os Ashenais, dedicada a preservar o legado do Sopro Final de Teine. Buscam profecias na fumaça e protegem segredos sobre o Ovo de Teine, às vezes em conflito com a Chama Oculta teiniana. Sua existência é um mistério, mas dizem que foram eles que esconderam pistas do ovo nas cavernas mais profundas.


Lendas e Personalidades Históricas
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Ashka, a Primeira Névoa: Uma ashenai da Primeira Era que guiou os Teinianos recém-nascidos às cavernas, sua fumaça formando o primeiro Ninho de Cinza.
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Veyra, a Voz das Cinzas: Uma líder da Segunda Era que usou fumaça ilusória para confundir invasores aislinianos, sacrificando-se para proteger Teine.



Comportamento Religioso: O Culto do Último Sopro
O culto a Teine entre os Ashenais é etéreo e introspectivo. Realizam a Dança da Névoa, dissolvendo-se em oferendas de fumaça que sobem às cavernas altas. Pequenos altares de cinza, adornados com brasas apagadas, são usados em meditações, enquanto visitas ao Fosso Sagrado renovam seu pacto com a Mãe Dragão.

Cidades e Locais Importantes
Na Cidade de Teine, os Ashenais habitam os Ninhos de Cinza, cavernas nas encostas vulcânicas onde a fumaça se condensa em moradas mágicas. O Vórtice das Sombras, uma cratera adormecida, é onde os Véus Sombrios se reúnem, enquanto a Garganta da Brasa, um cânion de cinzas flutuantes, guarda segredos sussurrados pelo vento.


Filosofia de Vida e Relação com a Natureza
Os Ashenais vivem pelo Ciclo das Cinzas, a crença de que nada é permanente, exceto a transformação. A destruição é um meio, não um fim, e cada dissipação é uma promessa de retorno. Proteger as memórias do fogo é sua missão, uma dança sutil que mantém Alba Etérea equilibrada entre chama e silêncio.
Para eles, resistir ao fluxo natural das coisas é uma ilusão. Seu lema mais antigo diz: "Nada é permanente, exceto a dança da fumaça". Dessa filosofia nasce um aspecto peculiar da cultura Ashenai: eles não temem a morte. Sabem que seu corpo se dissipará nas cinzas e que, eventualmente, suas essências retornarão ao mundo de alguma forma – seja como novas fagulhas em um incêndio distante, seja como ecos de palavras esquecidas no vento. Por isso, os Ashenais não lamentam perdas; eles as reverenciam como parte do ciclo natural.
Para os Ashenais, a Terra é forte, o Fogo é destruidor, a Água é adaptável e o Ar é livre – mas apenas a Fumaça conhece todos eles. Por isso, veem-se como o elemento que flui entre os reinos, ouvindo os segredos de cada um e carregando seu conhecimento para onde o vento os levar.


Criaturas Regionais:
Nas cavernas de Teine, os Ashenais convivem com:
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Fumárvores: Pequenas árvores de cinza que crescem em cavernas, liberando fumaça nutritiva para os Ashenais.
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Vaporídeos: Insetos alados que vivem na fumaça, carregando mensagens ou iluminando cavernas com suas asas brilhantes.
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Serpes de Fumo: Serpentes de névoa que patrulham as encostas, dissolvendo-se para emboscar intrusos.


Sociedades Secretas: Os Guardiões do Sopro
Os Guardiões do Sopro são uma sociedade secreta entre os Ashenais, dedicada a preservar o legado do Sopro Final de Teine. Buscam profecias na fumaça e protegem segredos sobre o Ovo de Teine, às vezes em conflito com a Chama Oculta teiniana. Sua existência é um mistério, mas dizem que foram eles que esconderam pistas do ovo nas cavernas mais profundas.


Lendas e Personalidades Históricas
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Ashka, a Primeira Névoa: Uma ashenai da Primeira Era que guiou os Teinianos recém-nascidos às cavernas, sua fumaça formando o primeiro Ninho de Cinza.
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Veyra, a Voz das Cinzas: Uma líder da Segunda Era que usou fumaça ilusória para confundir invasores aislinianos, sacrificando-se para proteger Teine.


